Espaço aproxima profissionais e influenciadores digitais no 13º Encontro de Líderes
Data de publicação:
22/02/2024
16:28
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Brasília, 20 de fevereiro de 2024.
O Espaço Conexões, destinado à interação entre profissionais e influenciadores digitais, foi uma das novidades do primeiro dia do 13º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea e Mútua, que contou com a participação do presidente do Conselho Federal, eng. telecom. Vinicius Marchese.
Na ocasião, Marchese mencionou a palestra proferida mais cedo pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e discutiu a percepção da sociedade em relação ao Sistema, bem como o direcionamento que os conselhos profissionais devem seguir. “Aqui reunimos profissionais que também exercem influência digital, pessoas com uma audiência qualificada capaz de ampliar a visibilidade do trabalho realizado pelo Sistema, ao mesmo tempo em que nos trazem críticas para que possamos estar mais próximos dos profissionais e da sociedade”. Marchese ainda enfatizou a necessidade de conectar academia, associações e profissionais para promover o avanço do valor profissional, acrescentando: “Temos um prazo de três anos para tornar o Sistema mais acessível e eficaz para os profissionais”.
Eventos temporários Em seguida, Marina Mattus, chefe de Comunicação Digital do Confea, inaugurou o espaço ao apresentar o Sistema Confea/Crea e Mútua ao público presente. A regularização dos eventos temporários foi o tema abordado, na sequência, pela engenheira civil e influenciadora Milena Katharina do Rio Grande do Norte. Durante a apresentação, ela destacou números promissores no setor de eventos, especialmente no pós-pandemia, e as inúmeras oportunidades presentes nessas realizações. “São pelo menos 15 serviços que envolvem engenheiros para viabilizar a realização de um evento. Além da responsabilidade técnica, é necessário desenvolver projetos como arquibancadas, planos de gerenciamento de resíduos, estruturas de palco e prevenção de incêndios. Em suma, é essencial compreender um universo que transcende as obras e os projetos de edificação”, enfatizou a especialista em projetos de prevenção contra incêndio, conhecida por ter desenvolvido o primeiro curso de capacitação voltado para a regularização de eventos temporários.
Antes de concluir, ela criticou a nova resolução do Conselho Federal dos Técnicos (CFT) sobre a atuação de profissionais na área de combate e prevenção de incêndios. “Os técnicos não possuem a mesma formação que nós e, muitas vezes, assumem responsabilidades em projetos complexos, que deveriam ser atribuídos aos engenheiros civis, de segurança do trabalho ou mecânicos”.
Regularização de imóveis No bate-papo seguinte, a engenheira civil Leila Brito, que é fundadora da maior comunidade de regularização de obras do Brasil, que ultrapassa a marca de 5 mil membros, instigou os profissionais a empreender neste ramo. “Vamos trabalhar para ter nosso crescimento financeiro e, ao mesmo tempo, para construir caminhos rumo ao desenvolvimento do país, que é o tema deste evento”, disse a produtora de conteúdo nas mídias sociais que hoje tem mais de 113 mil seguidores.
“Este segmento é uma oportunidade de mercado para vocês que são profissionais qualificados. É um trabalho rápido e fácil de ser feito que abrange regularização da matrícula de Registro Geral de Imóvel, regularização da obra na prefeitura e na Receita Federal e averbação da obra na matrícula e Registro Geral de Imóveis, o RGI”, acrescentou, explicando que o documento que garante que o imóvel está totalmente regularizado é a construção averbada na matrícula de registro de imóvel. “Essa documentação precisa ser feita corretamente para atender à fiscalização do Crea, evitando as principais irregularidades que, em geral, são obra sem projeto legal aprovado na prefeitura; mais de uma obra por matrícula de Registro Geral de Imóveis; ou matrícula de Registro Geral de Imóveis não condizente com as informações reais”, alertou a engenheira que atua há mais de 11 anos neste mercado e já ministrou aula para mais de cinco mil alunos.
Na avaliação da engenheira, é fundamental que os profissionais entendam a regularização de imóvel como uma atividade capaz de promover o progresso socioeconômico do Brasil, garantindo direitos, fomentando a economia e melhorando a qualidade de vida da população. “Como engenheiros, temos a oportunidade de estabelecer parcerias estratégicas com as prefeituras, em conjunto com as associações e o Crea. O que pode facilitar o processo de fiscalização de obras. Ao unirmos esforços, podemos agilizar a regularização de obras no Brasil, promovendo um desenvolvimento mais eficiente e seguro para o nosso país”, incentivou.
Inteligência artificial O encerramento da rodada de conversa com os influenciadores ficou por conta do engenheiro eletricista Lucas Henrique, que tem mais de dez anos de experiência em eletrônica e eletrotécnica e no ramo de energia solar fotovoltaica. O especialista, que já trabalhou na manutenção na Ferrovia de São Paulo, destacou o tema “Inteligência artificial (IA) como aliada e tendências na engenharia elétrica: inovações e desafios para 2024”.
“A inteligência artificial na engenharia não está apenas transformando a maneira de como construímos o futuro, mas redefinindo a própria essência da inovação”. Foi com essa provocação – elaborada por uma ferramenta de IA – que o influenciador iniciou o diálogo, incentivando os profissionais a dominar essas tecnologias que hoje estão divididas em machine learning, natural language processing, computer vision e smart robotic. “Isso porque, segundo estatísticas, esse segmento tem potencial de crescimento econômico de 13 trilhões de dólares até 2030, a produtividade industrial poderá crescer mais de 40% e a implementação de aplicativos será de 75% até 2025”, argumentou Henrique.
Para ele, a IA tem desempenhado papel crucial como aliada na engenharia elétrica, impulsionando inovações e enfrentando desafios. “Em 2024, espera-se que várias tendências continuem a moldar o campo, como smart grid, com medidores inteligentes, sistemas de comunicação e controle avançados e gestão ativa da demanda; eletromobilidade, permitindo gestão de bateria, manutenção preditiva e recarga inteligente; energias renováveis, com previsão de produção, otimização da operação de usinas e integração de armazenamento de energia; além da cybersegurança”, aposta o especialista.