Presidentes do Crea-RN e Crea-PB se manifestam contrários ao projeto que permite entrada indiscriminada de engenheiros e

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Por CREA-RN em 18/01/2018 às 05:52

O jornal Folha de São Paulo publicou, na edição da última segunda-feira (16), matéria sobre a preparação do governo federal para o envio ao Congresso de um projeto de lei que “destrava o mercado da construção civil – imobiliário e de infraestrutura – para estrangeiros”. A informação foi recebida com preocupação pelos presidentes do Crea-RN, Modesto Santos, e do Crea-PB, Giucélia Figueiredo, além das entidades da engenharia que temem a escalada do desemprego na área.

O presidente do Crea-RN, engenheiro eletricista Modesto Santos, lembra que o levantamento feito pelo Dieese sobre o mercado de trabalho da engenharia mostra que no período de 2014 a junho de 207 houve demissão líquida (admitidos menos demitidos) de 50.433 engenheiros em todo o Brasil. “Diante dessa realidade, qual o sentido em penalizar nossos profissionais, se os postos de trabalhos desse setor foram eliminados nos últimos anos, elevando o desemprego?”, questiona.

Já para a presidente do Crea-PB, engenheira civil Giucélia Figueiredo, abrir o mercado brasileiro indiscriminadamente à mão de obra estrangeira é um erro, especialmente se forem levadas em conta as justificativas dadas pelo governo para encampar o projeto. “Eles alegam que a Operação Lava Jato comprometeu a saúde financeira das empreiteiras brasileiras e a medida objetiva reverter a queda nos investimentos. Preservar os profissionais qualificados – que são muitos – e estimular a geração de empregos para os brasileiros é uma solução muito mais interessante, já que estimula não só o restabelecimento das empresas, mas a economia como um todo. O argumento de combater a corrupção não pode servir de pano de fundo para desmontar o nosso parque industrial nem nosso acervo tecnológico. Esse projeto tem caráter entreguista”, argumenta.

Os presidentes do Crea-RN e Crea-PB, além de convocar as entidades da Engenharia para se posicionarem contra o projeto, conclamam os parlamentares compromissados com a retomada do desenvolvimento econômico e social a votarem contra essa iniciativa do governo federal, que trará mais desemprego aos profissionais.